O que separa o estado de barbárie do estado civilizado não é a quantidade de maldade que pode existir num ou noutro estado. O que separa os dois estados é a submissão de todos à lei, no estado de civilização. O que marca profundamente a barbárie é o desprezo à lei. Essa é a situação para a qual não há nenhum remédio e nem nenhuma salvação.
A civilização pode cometer loucuras e muitas maldades. Porém, esses atos ou crimes são sempre de difícil consecução e exigem uma quantidade enorme de energia para serem realizados. Também precisam ser feitos na sombra, pois não recebem aprovação de ninguém. Isso garante que o criminoso, se for pego, será julgado e condenado conforme sua culpa. Mesmo que a Justiça falhe e algum culpado consiga a liberdade, esse indivíduo sempre terá sobre si o braço da lei, pronto para puni-lo. Se for o caso. È claro que isso não livra a civilização da maldade e nem do crime. A mente criminosa sempre acha uma forma de burlar a lei, mas ela faz isso sob pressão das forças da lei. A barbárie é a ausência completa da censura que procura inibir o crime. A barbárie é a conivência com a mente criminosa. Assim, não há bem maior para a civilização do que o respeito à lei.
E é com base nas considerações acima que soa de forma terrível o pedido de ex-agentes da CIA, agência de inteligência dos Estados Unidos, para que o governo pare de investigar os abusos cometidos por ele (os agentes da CIA) nos episódios recentes da agência de inteligência na luta contra os terroristas. Esse assunto é árduo e é tratado por muitos de forma apaixonada e por outros com má fé. Se para lutar contra os terroristas tivermos de nos tornar também terroristas, então, já perdemos essa luta. A barbárie já está instalada. Se a luta contra o terror só é eficiente se a lei for esquecida e algumas pessoas puderem fazer o que quiserem para conseguir confissões, talvez seja melhor aderirmos aos terroristas, pois estamos fazendo o que eles fazem: suspender qualquer consideração à lei e agir de acordo com razões duvidosas ou não, mas que só seriam válidas no estado de barbárie. Quem quer viver sob a barbárie?
Os ex-agentes da CIA argumentam que os terroristas usarão as investigações do governo para se armarem contra os agentes e estes ficarão com medo de assumir riscos para ajudar o país. Comovente a argumentação. Mas vejam: cumprir e fazer cumprir a lei não é demonstração de fraqueza; e é falacioso o argumento de defesa da pátria com a violência contra pessoas de outra pátria. Baseada em que princípio uma pátria deveria ter o privilégio de possuir pessoas autorizadas a matar para defendê-las? O argumento sequer seria válido se esses ex-agentes dissessem que agiriam ao arrepio da lei para defender a humanidade. Não se pode defender a humanidade eliminando a sua essência.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Tempos Pequenos
Tem toda razão o ministro Tarso Genro ao afirmar que o voto do juiz Pelluso foi equivocado, no caso da extradição de Battisti. O voto do juiz foi ideológico e não técnico. Ele não levou em consideração as contradições do processo e deu como correto e sem nenhum desvio os argumentos contra o réu e não considerou nada a favor do réu. Ou seja, o voto foi contra o comunismo internacional, contra o que as elites chamam de baderneiros e coisas que tais. O ministro Mendes secundou Pelluso e encheu de elogios o seu voto, como era de se esperar. Mendes também deve votar pela extradição pois também tem se destacado por suas posições ideológicas e contra tudo que não seja de direita. Um bom exemplo disso é a sua indisfarçável ojiriza do MST e de tudo que lhe diga respeito. Esse pessoal também não engoliu até hoje a vitória de Lula como presidente da República. Como pode um operário, quase analfabeto, governar o país? Um país que tem tantos doutores tão estudados, mas que na hora de votar votam como um homem apequenado por posições indefensáveis em público.
Não encontro nenhuma razão para a coorte não conceder o benefício da dúvida a Battisti. A única razão é a razão ideológica.
Não encontro nenhuma razão para a coorte não conceder o benefício da dúvida a Battisti. A única razão é a razão ideológica.
Indignação
Confesso que hoje fiquei completamente surpreso com o Supremo Tribunal. Como é que isso pode acontecer? Será que os juízes que votaram a favor da extradição de Battisti têm alguma informação privilegiada ou sabem de coisas que nós não sabemos sobre o caso? Pois está mais do que claro que há enormes razões para que se suspeite que há coisas obscuras no julgamento do "subversivo" italiano. Mas basta a informação de que as evidências acusatórias contra Battisti vêm de uma pessoa que conseguiu se livrar ou minorar sua situação com a Justiça italiana através do expediente da delação premiada. Ora, para se livrar, esse indivíduo resolveu incriminar outras pessoas. Será que houve a apuração necessária do caso? Não parece, pois ninguém fala dessas informações na imprensa. O que se vê na imprensa é uma vontade enorme de ver Battisti atrás das grades, como se isso fosse resolver o problema da Justiça no mundo. Acho que, na verdade, piora o problema.
Há ou sobram, no caso, elementos políticos e ideológicos. A direita, quando resolve que um indivíduo precisa pagar alguma coisa, ela acaba conseguindo. Há milhares de casos como esses na história.
Acho que os ministros da Supremo estão se desvalorizando; estão querendo dizer que vão ficar com a jurisprudência italiana... grande coisa. Um juiz se distingue não quando se ajoelha diante dos poderes seja eles quais forem. Ele se torna grande quando luta para realizar a Justiça. Não parece que seja o que alguns dos juizes atuais do Supremo estão fazendo. Eles parecem mais preocupados em rebater autoridades do governo Lula, que eles tanto detestam... ao que parece!
Há ou sobram, no caso, elementos políticos e ideológicos. A direita, quando resolve que um indivíduo precisa pagar alguma coisa, ela acaba conseguindo. Há milhares de casos como esses na história.
Acho que os ministros da Supremo estão se desvalorizando; estão querendo dizer que vão ficar com a jurisprudência italiana... grande coisa. Um juiz se distingue não quando se ajoelha diante dos poderes seja eles quais forem. Ele se torna grande quando luta para realizar a Justiça. Não parece que seja o que alguns dos juizes atuais do Supremo estão fazendo. Eles parecem mais preocupados em rebater autoridades do governo Lula, que eles tanto detestam... ao que parece!
domingo, 30 de agosto de 2009
Acordo
Que interesses têm os EUA em manter bases militares na Colômbia? Ora, uma pessoa ingênua poderia pensar que ele não teria interesse nenhum. Porém, uma pessoa bem informada saberá, como sugerem os noticiários da Globo, que os interesses são de ajuda humanitária. Os EUA, desde os tempos da Aliança para o Progresso, sempre dispensaram os melhores esforços, desinteressados, é bom frisar, para desenvolver a nossa tão pobre América Latina. Vejam, por exemplo, a história. Foram os rangers que ajudaram a Bolívia a se livrar da praga do comunismo do Che. E hoje o que seria da Colômbia sem a "ajuda" dos EUA para combater a praga do narcotráfico? Coitado do Uribe. Tão incompreendido por todos. Ele luta para manter os selvagens latinoamericanos no rumo da civilização ocidental e crsitã, sem vícios, isto é, sem drogas! Que Deus nos ajude!
Semana
Vídeo feito no Rio mostra polícia surrando um jovem. As imagens são transparentes. No entanto, a polícia só vai se pronunciar depois de analisar as imagens! Certamente vão analisar para determinar se os policiais que aparecem no vídeo não foram convencidos a baterem na vítima pela vítima, para desdouro da polícia. Tudo neste mundo é possível!!!!
A cúpula da Igreja Católica na Colômbia apoia as políticas entreguistas de Uribe e torce para que o acordo militar dos EUA com a Colômbia veceje pelos séculos dos séculos amém!
Mas a Igreja da Colômbia não está sozinha. Em Honduras, a cúpula da Igreja também apoia o pessoal que está no andar de cima. Meu Deus, meu Deus!!!!!!!!
A cúpula da Igreja Católica na Colômbia apoia as políticas entreguistas de Uribe e torce para que o acordo militar dos EUA com a Colômbia veceje pelos séculos dos séculos amém!
Mas a Igreja da Colômbia não está sozinha. Em Honduras, a cúpula da Igreja também apoia o pessoal que está no andar de cima. Meu Deus, meu Deus!!!!!!!!
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Sérgio Guerra
Casa Grande e Senzala. As coisas da Casa Grande são sempre "legais" Legítimas", não? Porém, o Senado mistura as coisas. Público e Privado. Viagem para tratamento de saúde é legítima, com o próprio dinheiro. Com dinheiro público? Ora, ora. Tenha compaixão, senhor Sérgio. Vai me convencer que dinheiro público pode pagar viagem de filha para seja lá o que nos States...,
Mas tem sido assim. Cada qual tem a sua desculpa. Um pega 10 mil emprestado em viagem a Paris. Outro leva a filha para uma viagem aos EUZ e quem paga a conta? Nóis, os idiotas que vivem nesse país infeliz.
O Senado deveria ser fechado e os digníssimos senhores senadores mandados para casa. Basta a Câmara, em todos os sentidos!
Agora, essa do Sérgio Guerra! Faça-me o favor! Ele que vem se apresentando como reserva moral, junto com os iluminados do PSDB. Quem diria, Heim!
Mas tem sido assim. Cada qual tem a sua desculpa. Um pega 10 mil emprestado em viagem a Paris. Outro leva a filha para uma viagem aos EUZ e quem paga a conta? Nóis, os idiotas que vivem nesse país infeliz.
O Senado deveria ser fechado e os digníssimos senhores senadores mandados para casa. Basta a Câmara, em todos os sentidos!
Agora, essa do Sérgio Guerra! Faça-me o favor! Ele que vem se apresentando como reserva moral, junto com os iluminados do PSDB. Quem diria, Heim!
sábado, 18 de julho de 2009
A mula
Ela era faceira e divertida. Gostava de contar piadas e boas histórias. Adorava histórias de fadas, de duendes... Outro dia ela me contou a história de uma cabra que queria ser astronauta. O problema eram os chifres da cabra, pois eles não cabiam dentro do capacete. Chegaram a sugerir à cabra que ela cortasse os chifres. Ora, como era de se esperar, a cabra não aceitou. Sem os chifres, ela não seria mais cabra. Perderia sua identidade. Ela preferiu voltar para o seu cercado na roça a cortar os chifres. Foi assim que ela ganhou, no entanto, o apelido de mula.
Nunca é muito pouco!
Nunca ouvi falar que houve alguém que existiu neste mundo e foi feliz. Nunca ouvi falar que alguém tenha entendido o que veio fazer aqui. Nunca ouvi falar que alguém tenha ido dormir sem nenhum sentimento de culpa. Nunca ouvi ninguém dizer a verdade. Nunca vi ninguém mentir sobre a feiúra da morte. Nunca vi nada real e nem nada imaginário. Nunca vi o que é o mundo... nunca.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Será?
Será que alguém teria a coragem de pôr a mão no fogo pelo Artur Virgílio? Pelo outros senadores do PSDB no Senado?
Por outro lado, será que apenas o Sarney andou aprontando nesses últimos anos no Senado?
Por que a demonização só agora?
Por outro lado, será que apenas o Sarney andou aprontando nesses últimos anos no Senado?
Por que a demonização só agora?
Senado: crise ou oportunidade?
Não consigo me convencer de que é sério o movimento de moralização das relações dentro do Senado federal. Parece que a coisa é muito mais ressentimento de oposição do que um movimento sério para resolver os problemas do Legislativo brasileiro.
Demonizar o Sarney e com ele o governo Lula é tudo que o derrotado PSDB e DEM precisavam ou precisam para não desaparecer. Apesar de tudo, o governo Lula vai bem. O próprio Lula, que vem falando demais ultimamente, tem acertado em muitas de suas falas, para o desespero dos próceres do PSDB e DEM. Por exemplo, Lula disse que a crise econômica seria, por aqui, apenas uma marola. Ora, de certa forma, Lula não errou tanto assim. O PSDB fez essa fala de Lula aparecer em propaganda eleitoral do PSDB, como fala irônica e debochada do presidente.
Ora, a crise defato não está passando de ondas fracas por aqui.
O sucesso de Lula faz mal ao PSDB e ele dá o troco no Senado. Não para moralizar o Senado, mas para atrapalhar o governo Lula. Não dá para crer que haja um genuíno movimento em prol da ética na política, por parte desse pessoal da oposição no Senado.
Demonizar o Sarney e com ele o governo Lula é tudo que o derrotado PSDB e DEM precisavam ou precisam para não desaparecer. Apesar de tudo, o governo Lula vai bem. O próprio Lula, que vem falando demais ultimamente, tem acertado em muitas de suas falas, para o desespero dos próceres do PSDB e DEM. Por exemplo, Lula disse que a crise econômica seria, por aqui, apenas uma marola. Ora, de certa forma, Lula não errou tanto assim. O PSDB fez essa fala de Lula aparecer em propaganda eleitoral do PSDB, como fala irônica e debochada do presidente.
Ora, a crise defato não está passando de ondas fracas por aqui.
O sucesso de Lula faz mal ao PSDB e ele dá o troco no Senado. Não para moralizar o Senado, mas para atrapalhar o governo Lula. Não dá para crer que haja um genuíno movimento em prol da ética na política, por parte desse pessoal da oposição no Senado.
Memória do que foi esquecido
E ele olhou para si mesmo e disse: sou a memória daquilo que foi esquecido. E continuou: não sei de mim. Não sei nada de mim. Porém, a flor que nasceu perigosamente na beirada do muro soluçou mais que falou, não sem um certo desdém: Como se alguém pudesse saber algo de si...Esse muro mesmo, nada sabe dele mesmo. Nada sabe de mim. Nada sabe do musgo que, desesperadamente, se agarra a ele com vigor, como se tudo aqui fosse eterno. Jamais vi um musgo tentar dizer algo... Uma formiga que passava por ali emendou, rápida como sempre: Pois eu já vi e muito. São resmungões e nunca deixam de reclamar, ora do calor, ora do frio. Eles nunca estão satisfeitos com o clima. A flor riu e disse: E quem está contente, dona formiga. Quem está contente com o frio ou com o calor? O certo é que ninguém diz coisa com coisa. Ninguém sabe o que diz.... Inclusive você, não dona flor? Disse alguém. Todos se viraram para a voz. Foi então que perceberam que quem havia falado era uma pedra toda irregular, meio enterrada no chão.
Eu não sei se há algum propósito na fala das coisas. Tudo que é dito é também objeto de discussão. Tudo parece sempre tão ambíguo. Não sei se há alguma palavra unívoca, que queira dizer uma só coisa e coincida com alguma coisa, sem contingências. Não sei mesmo. Aliás, eu não sei nada. Mas também não deixo de falar. Pois é. As palavras não se aquietam. Elas sofrem de uma inquietude essencial. Mesmo quando se calam elas ficam flutuando, prontas para explodirem no ar, tentando significar algo. Mas isso é muito estranho, pois a palavra existe apenas com o propósito de significar, não? Não sei mais. Sempre pensei assim como você. Mas sempre que falo fico com a impressão de ter fracassado na comunicação. Nunca consigo dizer o que quero. Também não consigo deixar de falar. Mas está aqui alguém que não apenas fala. Sim, por não conseguir falar o que quero, eu escrevo. Vivo a escrever, mas também não consigo parar, isto é, não consigo dizer o que quero.
Eu não sei se há algum propósito na fala das coisas. Tudo que é dito é também objeto de discussão. Tudo parece sempre tão ambíguo. Não sei se há alguma palavra unívoca, que queira dizer uma só coisa e coincida com alguma coisa, sem contingências. Não sei mesmo. Aliás, eu não sei nada. Mas também não deixo de falar. Pois é. As palavras não se aquietam. Elas sofrem de uma inquietude essencial. Mesmo quando se calam elas ficam flutuando, prontas para explodirem no ar, tentando significar algo. Mas isso é muito estranho, pois a palavra existe apenas com o propósito de significar, não? Não sei mais. Sempre pensei assim como você. Mas sempre que falo fico com a impressão de ter fracassado na comunicação. Nunca consigo dizer o que quero. Também não consigo deixar de falar. Mas está aqui alguém que não apenas fala. Sim, por não conseguir falar o que quero, eu escrevo. Vivo a escrever, mas também não consigo parar, isto é, não consigo dizer o que quero.
Ele - Memória - Esquecimento
Ele se lembrou de um texto antigo, já amarelado e puído, que escrevera há muito tempo. Era um texto sobre a solidariedade entre as pessoas humanas. Procurou pelo texto entre os seus guardados, papéis velhos e cheirando a mofo. Encontrou várias peças escritas, pedaços de textos, de frases agora sem sentido, cartas e anotações. Alguns textos eram de comentários sobre fatos históricos ou sobre pequenezas do cotidiano. Outros sobre encontros esquecidos ou sobre fatos deixados na sombra das horas. Ainda outros secretos, que não eram conhecidos e nem foram ainda revelados, muitos até que não aconteceram e que, talvez, um dia venham a acontecer. Estes são misteriosos e possuem uma escrita esquisita. Ela não contém palavras, mas apenas o murmúro que antecede a palavra. É o traço de uma palavra que ainda não foi dita. E há palavras que embora ditas não falaram nada. Ou, como toda palavra, cavou um sulco na brilhante página que chamamos de realidade e que é arisca em nos dizer coisas.
Ele olhou todos os textos. O que falava sobre solidariedade estava lá. E ele ficou pensando o que queria dizer com essa palavra.
Ele olhou todos os textos. O que falava sobre solidariedade estava lá. E ele ficou pensando o que queria dizer com essa palavra.
Espera
Tenho esperado pelo vida afora. Não que esteja uma atitude passiva, como quem cruza os braços e nada faz... Não! Espero o resultado do que investi ou do que tenho investido a cada psso.
Porém, o que tem ocorrido? Não há resultados....
Porém, o que tem ocorrido? Não há resultados....
quinta-feira, 9 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Que polícia é esta?
Agora foi em Mariana. Soldados da Guarda Municipal prenderam e espancaram um artesão da cidade, de acordo com reportagem veiculada na Globo. Mais uma vez, a polícia “ prende e espanca” e a coisa vai ficando por isso mesmo. A agressão, no caso de Mariana e tão claro que os responsáveis deveriam ser defenestrados sumariamente da corporação e eles sim, presos. Quem precisa de proteção é o cidadão e não bandidos disfarçados.
domingo, 5 de julho de 2009
Honduras
A situação em Honduras continua tensa. Por que será que o governo de fato do país tem tanto receio do presidente eleito legalmente?
A direita tem sempre seus simpatizantes cegos e sem argumentos. Aliás, o argumento da direita é sempre a força. A força no lugar do direito!
sábado, 4 de julho de 2009
Venda de dados
Uma empresa de São Paulo está vendendo dados sigilosos de pessoas, de acordo com uma investigação de uma promotoria. O dono do sítio declarou, singelamente, que não sabia que vender dados era crime! Meu Deus, acho que esse cara merecia palmas!
O sítio continua no ar. Ora, o sítio já deveria ter sido defenestrado e o dono preso. Será que mais uma vez vai ficar tudo por isso mesmo?
O sítio continua no ar. Ora, o sítio já deveria ter sido defenestrado e o dono preso. Será que mais uma vez vai ficar tudo por isso mesmo?
É
E quando não há dúvidas? Isso quer dizer que nada foi fundamentado. A dúvida revela a profundidade da indagação. Mas o que é isso? Isso é um céu sem estrelas, numa noite escura. O deserto é como uma criança nova. É uma surpresa constante. A cada passo, uma nova tonalidade. Mas o deserto é também solidão. A mesma solidão da criança. Esta nasce sozinha. Sozinha enfrenta as aflições do sem sentido das coisas. Depois vem a adolescência e a juventude e, por fim, a velhice. E o céu continua cheio de estrelas, encobertas por nuvens negras e furiosas.
No deserto, porém, o céu é cheio de estrelas. Pode-se quase pegá-las... de tão claras e transparentes. São os oásis da vida.
Mas ao sul do trópico, o céu permanece escuro. Nem a lua consegue iluminá-lo. E eu fico aqui. Na minha janela, olhando a escuridão.
No deserto, porém, o céu é cheio de estrelas. Pode-se quase pegá-las... de tão claras e transparentes. São os oásis da vida.
Mas ao sul do trópico, o céu permanece escuro. Nem a lua consegue iluminá-lo. E eu fico aqui. Na minha janela, olhando a escuridão.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Aquário
Engraçado! Há anos (uns 30 anos) retirei de uma estante de uma biblioteca um livro que descansava há 70 anos, em sua solidão, sem nenhuma visita. Uma solidão tão essencial quanto a minha. Eu não estava em nenhuma estante. Porém, jamais fui visitado e nada sei dizer sobre o mundo. Nada digo, por absoluta falta de palavras. Não as encontro nunca. Elas me parecem inadequadas. Assim, escrevo, por não saber dizer nada sobre as coisas.
Bem, o tal livro foi escrito por uma pessoa que ficou maravilhada com um diário. Um diário escrito por um náufrago de uma ilha perdida na imensidão do Pacífico. Se não fosse pela incapacidade de encontrar as palavras certas, eu também poderia escrever um diário, pois náufrago jamais deixei de ser. O náufrago, a princípio, vagou pela praia sem rumo ou propósito, com olhos apenas para a fímbria do horizonte, esperando por um barco salvador. De tanto andar de lado para o outro, acabou por perceber beleza nos grãos de areia e depois nas ondas do mar. Mais tarde, descobriu as belezas daquilo que, à primeira mão, não se vê: o que há abaixo da superfície da água. Não é possível reproduzir agora a beleza e suavidade da linguagem com a qual o autor descreve o fundo do mar, nem traduzir em palavras a enorme emoção que ele passa ao falar as pequenas e grandes criaturas que habitam as profundezas. Até hoje fico imaginado esse náufrago, que no silêncio de seus mergulhos, compôs uma grande e bela sinfonia de pequenas palavras e emoções e criou um livro. Nome do livro: O Aquário de Deus.
Quanto a mim, olho para o horizonte até hoje. Nenhum barco e nenhum aquário...
Bem, o tal livro foi escrito por uma pessoa que ficou maravilhada com um diário. Um diário escrito por um náufrago de uma ilha perdida na imensidão do Pacífico. Se não fosse pela incapacidade de encontrar as palavras certas, eu também poderia escrever um diário, pois náufrago jamais deixei de ser. O náufrago, a princípio, vagou pela praia sem rumo ou propósito, com olhos apenas para a fímbria do horizonte, esperando por um barco salvador. De tanto andar de lado para o outro, acabou por perceber beleza nos grãos de areia e depois nas ondas do mar. Mais tarde, descobriu as belezas daquilo que, à primeira mão, não se vê: o que há abaixo da superfície da água. Não é possível reproduzir agora a beleza e suavidade da linguagem com a qual o autor descreve o fundo do mar, nem traduzir em palavras a enorme emoção que ele passa ao falar as pequenas e grandes criaturas que habitam as profundezas. Até hoje fico imaginado esse náufrago, que no silêncio de seus mergulhos, compôs uma grande e bela sinfonia de pequenas palavras e emoções e criou um livro. Nome do livro: O Aquário de Deus.
Quanto a mim, olho para o horizonte até hoje. Nenhum barco e nenhum aquário...
domingo, 28 de junho de 2009
A truculência da direita volta a se manifestar nas Américas, desta vez em Honduras. O presidente legalmente eleito foi covardemente sequestrado, deposto e deportado para a Costa Rica. A Igreja Católica de Honduras apóia o golpe, aliada ao Congresso e ao Poder Judiciário. É lamentável que a Igreja esteja ao lado das elites do país, ao invés de estar ao lado do povo.
Tempos difíceis! Tempo de sombra!
Tempos difíceis! Tempo de sombra!
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Ainda o diploma
Calígula, o original imperador romano, nomeou o seu cavalo como senador. Os tempos eram outros e o imperador não precisava do concurso da Corte Suprema para fazer nomeações.
Nós, entretanto, precisamos. Só que agora, os barões da Comunicação (no Brasil, apenas algumas poucas famílias dominam jornais, tvs etc) poderão nomear seus animais de estimação para os cargos de chefe de redação, redatores, editores e quejandos. Sim, pois, depois da gloriosa decisão do Supremo (El Gilmar), qualquer animal pode ser jornalista, pois nenhuma restrição pode ser feita a quem queira usar o seu "direito" de livre expressão...isso seria inconstitucional. Se um analfabeto quiser ser jornalista, não há como impedi-lo. Exigir dele o diploma de primário seria inconstitucional, segundo a essência do princípio jurídico da decisão do Supremo.
Valha-me Deus!
É só por isso, meu dileto e querido compadre, que fico indignado com a decisão!
Jornalismo neste país é algo que falta. O jornalismo que conta, não sei onde está.
Nós, entretanto, precisamos. Só que agora, os barões da Comunicação (no Brasil, apenas algumas poucas famílias dominam jornais, tvs etc) poderão nomear seus animais de estimação para os cargos de chefe de redação, redatores, editores e quejandos. Sim, pois, depois da gloriosa decisão do Supremo (El Gilmar), qualquer animal pode ser jornalista, pois nenhuma restrição pode ser feita a quem queira usar o seu "direito" de livre expressão...isso seria inconstitucional. Se um analfabeto quiser ser jornalista, não há como impedi-lo. Exigir dele o diploma de primário seria inconstitucional, segundo a essência do princípio jurídico da decisão do Supremo.
Valha-me Deus!
É só por isso, meu dileto e querido compadre, que fico indignado com a decisão!
Jornalismo neste país é algo que falta. O jornalismo que conta, não sei onde está.
Sobre os princípios do Supremo
O que me deixa mais indignado é o Gilmar (e Supremo) achar que o país é constituído de burros, que não percebem seu raciocínio falacioso ou mal intencionado.
Defender que a exigência do diploma para o exercício do jornalismo fere o direito de livre expressão transcende qualquer concepção de absurdo. Senão vejamos: segundo o princípio do Gilmar, não se poderá doravante exigir nenhuma qualificação do indivíduo para o exercício do jornalismo. Se se exigir o diploma de curso de jornalismo é inconstitucional, exigir qualquer outro diploma também o seria. Assim, de agora em diante, até um cavalo pode ser jornalista, posto que não há mais como exigir qualquer qualificação do candidato ao cargo.
Os barões da comunicação já podem nomear seus cavalos ou outros bichos de estimação para os cargos de editores, chefes de redação etc, com as bênçãos do Gilmar e asseclas. Triste país! Tristes costumes!
Defender que a exigência do diploma para o exercício do jornalismo fere o direito de livre expressão transcende qualquer concepção de absurdo. Senão vejamos: segundo o princípio do Gilmar, não se poderá doravante exigir nenhuma qualificação do indivíduo para o exercício do jornalismo. Se se exigir o diploma de curso de jornalismo é inconstitucional, exigir qualquer outro diploma também o seria. Assim, de agora em diante, até um cavalo pode ser jornalista, posto que não há mais como exigir qualquer qualificação do candidato ao cargo.
Os barões da comunicação já podem nomear seus cavalos ou outros bichos de estimação para os cargos de editores, chefes de redação etc, com as bênçãos do Gilmar e asseclas. Triste país! Tristes costumes!
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Equívoco e Retrocesso
Ontem, dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal decretou o fim da exigência de diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Não sei em que país esses juízes estão ou moram, pois decidiram de forma abstrata a questão, invocando o direito de livre manifestação de opinião ou de pensamento. A exigência de diploma para o exercício do jornalismo, de acordo com os juízes do Supremo, fere o direito de livre expressão, pois relativisa esse direito. Meu Deus! A livre expressão do pensamento não é apanágio do jornalismo. Para que eu possa manifestar o meu pensamento eu não dependo do jornalista. Pensar assim é pensar de forma enviesada, atravessada.
Acho a decisão equivocada e representa um retrocesso. O exercício da profissão de jornalista não torna o jornalismo exclusivo canal da livre manifestação do pensamento. Isso é uma falácia que esconde algo, que se torna obscuro, pois não conhecido, não dito.
Que país triste é esse. Até a Corte Suprema ao invés de julgar legisla sem explicitar a que interesses atende! Pobre Brasil!
Acho a decisão equivocada e representa um retrocesso. O exercício da profissão de jornalista não torna o jornalismo exclusivo canal da livre manifestação do pensamento. Isso é uma falácia que esconde algo, que se torna obscuro, pois não conhecido, não dito.
Que país triste é esse. Até a Corte Suprema ao invés de julgar legisla sem explicitar a que interesses atende! Pobre Brasil!
sábado, 13 de junho de 2009
No momento, encontro-me exilado de mim mesmo;
Estou "de fora", estando dentro.
Falo, mas não me escuto,
Ouço vozes... Serão do passado?
Vozes mandruvônicas!
Um compadre é, às vezes, mais que qualquer amigo
E, um amigo, é mais que qualquer compadre.
Mas existe a saudade de um tempo em que as vozes eram do dia a dia,
Da cerveja com azinhas no Quincas...
Da alegria do encontro dentro do dia e da vida.
Estou "de fora", estando dentro.
Falo, mas não me escuto,
Ouço vozes... Serão do passado?
Vozes mandruvônicas!
Um compadre é, às vezes, mais que qualquer amigo
E, um amigo, é mais que qualquer compadre.
Mas existe a saudade de um tempo em que as vozes eram do dia a dia,
Da cerveja com azinhas no Quincas...
Da alegria do encontro dentro do dia e da vida.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Alguém precisa, urgentemente, avisar ao PSDB que ele tem rabo sujo e que , por isso, precisa tomar cuidado ao falar dos outros.
PSDB não combina com seriedade. Estão dizendo que o PT está com medo da CPI da Petrobrás, como se essa caterva toda não soubesse o que uma CPI composta por pessoas com falha de caráter pode fazer!
É exatamente por causa desse tipo de atitude que seria muita irresponsabilidade do governo atual deixar nas mãos dessa gente uma investigação sobre uma empresa tão importante como a Petrobrás!
O que o FHC não conseguiu durante seu governo - que foi privatizar a Petrobrás - a CPI do sr Álvaro Dias pode acabar conseguindo, se deixarem as coisas nas mãos dele!
PSDB não combina com seriedade. Estão dizendo que o PT está com medo da CPI da Petrobrás, como se essa caterva toda não soubesse o que uma CPI composta por pessoas com falha de caráter pode fazer!
É exatamente por causa desse tipo de atitude que seria muita irresponsabilidade do governo atual deixar nas mãos dessa gente uma investigação sobre uma empresa tão importante como a Petrobrás!
O que o FHC não conseguiu durante seu governo - que foi privatizar a Petrobrás - a CPI do sr Álvaro Dias pode acabar conseguindo, se deixarem as coisas nas mãos dele!
O PSDB está veiculando na televisão uma propaganda do partido na qual ele ataca frontalmente o PT e o presidente Lula. Até aí tudo bem. Entretanto, o conteúdo da propaganda revela falha de caráter de quem a elaborou, pois até as enchentes do Nordeste são atribuídas ao Lula, como se o presidente tivesse o poder de evitar a tragédia ou mesmo de mudar o curso dos acontecimentos dos tristes eventos das enchentes.
A propaganda faz uso desrespeitoso e chulo de declarações do presidente e acusa o PT e o Lula de tudo.
É muito engraçado: esse pessoal tem uma memória muito curta; eles se esqueceram das diabruras do senador Azeredo, envolvido tanto quanto tantos outros parlamentares no famigerado mensalão; se esqueceram das manobras espúrias de FHC quando da aprovação do segundo mandato; se esqueceram das vigarices todas das privatizações.... Ora pessoal, vocês poderiam ser mais úteis ao país, não? Vocês poderiam ser uma oposição séria e útil para a consolidação da democracia entre nós. Mas não é isso que ocorre. Vocês preferem a falha de caráter, preferem a ação mesquinha, apequenada pelo despeito...
Basta de engodo e enganação, seus sicários!!!
A propaganda faz uso desrespeitoso e chulo de declarações do presidente e acusa o PT e o Lula de tudo.
É muito engraçado: esse pessoal tem uma memória muito curta; eles se esqueceram das diabruras do senador Azeredo, envolvido tanto quanto tantos outros parlamentares no famigerado mensalão; se esqueceram das manobras espúrias de FHC quando da aprovação do segundo mandato; se esqueceram das vigarices todas das privatizações.... Ora pessoal, vocês poderiam ser mais úteis ao país, não? Vocês poderiam ser uma oposição séria e útil para a consolidação da democracia entre nós. Mas não é isso que ocorre. Vocês preferem a falha de caráter, preferem a ação mesquinha, apequenada pelo despeito...
Basta de engodo e enganação, seus sicários!!!
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Está claro que a Air France sabe mais que está informando. Tanto que as orientações que a fabricante do avião acidentado está passando aos pilotos é de que um certo componente será trocado nos aparelhos. Ninguém é burro ou otário de pensar que isso nada tem a ver com o acidente.
Chega! Basta! Por que não falam logo que houve uma falha técnica no avião? Isso parece o mais provável!
Política.
Para horror dos tucanos, um deputado do PMDB apresentou uma PEC que possibilita a reeleição de Lula na proxima eleição. Os raivosos de plantão estão uivando contra a medida: isso é golpe! Isso é contrário à Conscituição etc. Muito engraçado! Quando os tucanos investiram na reeleição de FHC eles não achavam imoral um mandato a mais para o governante.
Por que a gritaria agora?
Deixem de cinismos cambada! Pelo menos apresentem argumentos mais consistentes!!!
Chega! Basta! Por que não falam logo que houve uma falha técnica no avião? Isso parece o mais provável!
Política.
Para horror dos tucanos, um deputado do PMDB apresentou uma PEC que possibilita a reeleição de Lula na proxima eleição. Os raivosos de plantão estão uivando contra a medida: isso é golpe! Isso é contrário à Conscituição etc. Muito engraçado! Quando os tucanos investiram na reeleição de FHC eles não achavam imoral um mandato a mais para o governante.
Por que a gritaria agora?
Deixem de cinismos cambada! Pelo menos apresentem argumentos mais consistentes!!!
quarta-feira, 27 de maio de 2009
E agora essa! A água que tomamos todos os dias e com a qual fazemos comida está cheia de resíduos de remédios, colesterol, café, entre outros ingredientes. Há! A nossa água tem também fósforo. E vejam bem! Qua a água tem esses resíduos jé é coisa sabia, mas não existem estudos que apontem em que quantidade essas substâncias interferem na saúde humana. Tudo bem! Sabe-se que houve um aumento de sapos hermafroditas em algumas represas de São Paulo, conforme reportagem na imprensa (Globo Matéria de Marília Juste), e isso pode ser efeito da presença de hormônios na água.
Você toma um remédio para dor de cabeça. Bem, parte do remédio é excretado na urina, a qual vai para o esgoto, passa pelo tratamento e volta para a sua torneira, com resíduos do remédio tomado. É assim que a coisa funciona.
Ora, existe tecnologia para retirar essas impurezas da água. Mas os investimentos em saneamento básico no Brasil são vexatórios. Os políticos gostam é de fazer CPI da Petrobrás para aparecerem na televisão! A água que se dane!
O tratamento da água no Brasil não retira dela o fósforo, que é uma substância tóxica. A impureza não é retirada, embora haja tecnologia para isso!
Ora gente! Chega. Basta de tanta enganação! Basta de tanto engodo!
Quem quiser ser político precisa ser sério ou então deve ser defenestrado do cargo público. Chega de impostor no palco da República!
Você toma um remédio para dor de cabeça. Bem, parte do remédio é excretado na urina, a qual vai para o esgoto, passa pelo tratamento e volta para a sua torneira, com resíduos do remédio tomado. É assim que a coisa funciona.
Ora, existe tecnologia para retirar essas impurezas da água. Mas os investimentos em saneamento básico no Brasil são vexatórios. Os políticos gostam é de fazer CPI da Petrobrás para aparecerem na televisão! A água que se dane!
O tratamento da água no Brasil não retira dela o fósforo, que é uma substância tóxica. A impureza não é retirada, embora haja tecnologia para isso!
Ora gente! Chega. Basta de tanta enganação! Basta de tanto engodo!
Quem quiser ser político precisa ser sério ou então deve ser defenestrado do cargo público. Chega de impostor no palco da República!
terça-feira, 26 de maio de 2009
Manchete de hoje (26/05/2009) “O jornal americano The New York Times admitiu que errou durante a cobertura dos conflitos no Iraque. A notícia surpreendeu jornalistas do mundo inteiro”.
Não sei a razão da surpresa! A cobertura da imprensa em geral sobre a guerra no Iraque foi algo vergonhoso desde o início. Todos estavam anestesiados pelo 11 de setembro. Qualquer coisa que lembrasse a palavra “terrorismo” era tido como demoníaco. Bem, deu no que deu! Quantas pessoas morreram no Iraque por causa da insanidade de Bush e seguidores? Quanto riscos nós todos corremos por conta da insanidade da presidência dos Estados Unidos?
Lembrem-se do Iraque, quando forem falar da Coréia do Norte!
Não sei a razão da surpresa! A cobertura da imprensa em geral sobre a guerra no Iraque foi algo vergonhoso desde o início. Todos estavam anestesiados pelo 11 de setembro. Qualquer coisa que lembrasse a palavra “terrorismo” era tido como demoníaco. Bem, deu no que deu! Quantas pessoas morreram no Iraque por causa da insanidade de Bush e seguidores? Quanto riscos nós todos corremos por conta da insanidade da presidência dos Estados Unidos?
Lembrem-se do Iraque, quando forem falar da Coréia do Norte!
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Quando a noite cai e as sombras, misericordiosamente, cobrem a nudez das coisas, o mundo se transforma e o que era não é mais e o que não é ainda, vem a ser. Há algo extremamente misterioso na economia da luz. Quando ela brilha, o mundo parece-nos seguro, belo, maravilhoso, alto, transcendente, sublime. A mesma paisagem, quando as sombras cobrem a terra, torna-se perigosa, soturna, cheia de segredos e sortilégios. A noite tem olhos grandes, de longo alcance, a despeito da penetrabilidade da luz. Quando esta ilumina o mundo, o conforto daí advindo sugere o descanso, o repouso. É quando o predador vai dormir. A noite desperta o instinto e convida para a caça.
A noite não revela facilmente. Ela esconde as coisas, só as revelando àquele que presta atenção, que procura, que zela por encontrar. A noite esconde a violência da caça e também a volúpia do festim. O dia revela prontamente os restos do banquete noturno, as marcas da violência e a solidão que sempre resta de tudo que não é mais.
Normalmente, quando o dia desperta, são os urubus que chegam para o trabalho de cata dos restos. Quando tudo fica limpo, os urubus voltam para a imensidão azul e, em círculos escuros, parecem convidar as sombras para a execução de mais um ciclo, de mais um não mais e um não ainda.
Naquele dia, o sol queimava, sem piedade aparente, o chão seco e poeirento da estrada. Milhares de insetos cantavam, zuniam, por entre a vegetação cinza dos pastos. Arbustos encardidos e retorcidos se espalhavam pela paisagem, como se fossem marcas divisórias de uma improvável propriedade. Ao longe, alguns bois tentavam arrancar do chão os restos do capim calcinado pelo sol. De vez em quando, ouvia-se pela imensidão do ar o grito sombrio do gavião, anunciando a sua perigosa presença pelas redondezas.
Ele avançava qual um fantasma pela estrada. A secura do ar tornava sua respiração custosa. Seus lábios estavam pesados e pastosos. Só ele dava sinais de cansaço; a estrada parecia animada por um desejo de infinitude; não queria acabar jamais. Ele suava, mas o suor logo evaporava, como se a Natureza estivesse avara de qualquer tipo de umidade. Seus pés doíam no cascalho duro do chão. Aproximou-se de uma curva mais fechada. Talvez, logo depois da curva, houvesse uma casa ou um galpão ou mesmo apenas uma árvore frondosa, que propiciasse alívio, com sua sombra, para o calor exasperante do sol. Apressou o passo, apesar do sacrifício que isso lhe custava. No entanto, a curva apenas revelou uma longa reta que parecia ir a lugar nenhum. Ele, então, parou, desanimado. Olhou para trás. Voltou a olhar para a reta. Bem lá na frente, divisou algo se movimentando na estrada. Era um ponto que se mexia e vinha na sua direção. Percebeu logo que não se tratava de uma pessoa. Também não se tratava de um boi. Era uma animal pequeno, talvez uma raposa ou um cão. Lembrou-se que naquela época de calor escaldante era comum o viajante se encontrar com cães perdidos pelas estradas. Ele resolveu sentar-se em uma pedra à beira da estrada e ficar à espera do misterioso peregrino. No céu, alguns urubus voavam em longos e altos círculos. Mexeu em seus pertences e encontrou um pedaço de pão. Partiu-o ao meio e começou a mastigar o seu pedaço. O outro, ele reservou para o seu suposto companheiro de sina. Olhou para a estrada e a mancha escura ainda se aproximava, lentamente. De vez em quando ela parava. Depois, com resignação, continuava sua marcha inexorável.
Ele ficou observando o chão calcinado ao seu redor. Chamou-lhe a atenção uma fileira de formigas, que indiferentes ao calor sufocante, executavam a sua faina diária de coleta de folhas. Os pedaços de folhas que carregavam era de um verde vivo e ele ficou considerando o trabalho imenso que aquelas formigas tiveram para encontrar aquelas preciosidades em meio àquela secura geral. A fileira de formigas perdia-se no emaranhado de raízes e folhas secas do chão. Elas iam e vinham. Às vezes paravam e trocavam contatos com suas antenas, como se umas beijassem as outras. Em seguida, como se tivessem encontrado informações preciosas, seguiam seu caminho, com incomum determinação. Para aqueles pequenos seres, o calor do sol pouco importava. Ele desejou, naquela hora, ser uma formiga. Então, ele levantou a cabeça e levou um susto: um cão enorme, preto, peludo, olhava fixamente para ele, com a língua pendendo da boca cansada e seca. Ele ficou sem ação. Aos poucos, porém, recobrou a calma. Ofereceu o pedaço de pão ao cão. Este, faminto, comeu o pão com a rapidez da gula. Depois a noite cobriu a estrada, o cão e ele mesmo.
A noite não revela facilmente. Ela esconde as coisas, só as revelando àquele que presta atenção, que procura, que zela por encontrar. A noite esconde a violência da caça e também a volúpia do festim. O dia revela prontamente os restos do banquete noturno, as marcas da violência e a solidão que sempre resta de tudo que não é mais.
Normalmente, quando o dia desperta, são os urubus que chegam para o trabalho de cata dos restos. Quando tudo fica limpo, os urubus voltam para a imensidão azul e, em círculos escuros, parecem convidar as sombras para a execução de mais um ciclo, de mais um não mais e um não ainda.
Naquele dia, o sol queimava, sem piedade aparente, o chão seco e poeirento da estrada. Milhares de insetos cantavam, zuniam, por entre a vegetação cinza dos pastos. Arbustos encardidos e retorcidos se espalhavam pela paisagem, como se fossem marcas divisórias de uma improvável propriedade. Ao longe, alguns bois tentavam arrancar do chão os restos do capim calcinado pelo sol. De vez em quando, ouvia-se pela imensidão do ar o grito sombrio do gavião, anunciando a sua perigosa presença pelas redondezas.
Ele avançava qual um fantasma pela estrada. A secura do ar tornava sua respiração custosa. Seus lábios estavam pesados e pastosos. Só ele dava sinais de cansaço; a estrada parecia animada por um desejo de infinitude; não queria acabar jamais. Ele suava, mas o suor logo evaporava, como se a Natureza estivesse avara de qualquer tipo de umidade. Seus pés doíam no cascalho duro do chão. Aproximou-se de uma curva mais fechada. Talvez, logo depois da curva, houvesse uma casa ou um galpão ou mesmo apenas uma árvore frondosa, que propiciasse alívio, com sua sombra, para o calor exasperante do sol. Apressou o passo, apesar do sacrifício que isso lhe custava. No entanto, a curva apenas revelou uma longa reta que parecia ir a lugar nenhum. Ele, então, parou, desanimado. Olhou para trás. Voltou a olhar para a reta. Bem lá na frente, divisou algo se movimentando na estrada. Era um ponto que se mexia e vinha na sua direção. Percebeu logo que não se tratava de uma pessoa. Também não se tratava de um boi. Era uma animal pequeno, talvez uma raposa ou um cão. Lembrou-se que naquela época de calor escaldante era comum o viajante se encontrar com cães perdidos pelas estradas. Ele resolveu sentar-se em uma pedra à beira da estrada e ficar à espera do misterioso peregrino. No céu, alguns urubus voavam em longos e altos círculos. Mexeu em seus pertences e encontrou um pedaço de pão. Partiu-o ao meio e começou a mastigar o seu pedaço. O outro, ele reservou para o seu suposto companheiro de sina. Olhou para a estrada e a mancha escura ainda se aproximava, lentamente. De vez em quando ela parava. Depois, com resignação, continuava sua marcha inexorável.
Ele ficou observando o chão calcinado ao seu redor. Chamou-lhe a atenção uma fileira de formigas, que indiferentes ao calor sufocante, executavam a sua faina diária de coleta de folhas. Os pedaços de folhas que carregavam era de um verde vivo e ele ficou considerando o trabalho imenso que aquelas formigas tiveram para encontrar aquelas preciosidades em meio àquela secura geral. A fileira de formigas perdia-se no emaranhado de raízes e folhas secas do chão. Elas iam e vinham. Às vezes paravam e trocavam contatos com suas antenas, como se umas beijassem as outras. Em seguida, como se tivessem encontrado informações preciosas, seguiam seu caminho, com incomum determinação. Para aqueles pequenos seres, o calor do sol pouco importava. Ele desejou, naquela hora, ser uma formiga. Então, ele levantou a cabeça e levou um susto: um cão enorme, preto, peludo, olhava fixamente para ele, com a língua pendendo da boca cansada e seca. Ele ficou sem ação. Aos poucos, porém, recobrou a calma. Ofereceu o pedaço de pão ao cão. Este, faminto, comeu o pão com a rapidez da gula. Depois a noite cobriu a estrada, o cão e ele mesmo.
sábado, 16 de maio de 2009
O Senado Federal criou a CPI da Petrobrás e veja que interessante. O líder Arthur Virgílio, do PSDB, disse angelicamente que não haverá pirotecnia na CPI, mas apenas rigor, como se isso não fosse obrigação patriótica de qualquer servidor do país. Mas não. Ele está fazendo um favor a Lula moderando os ânimos antropofágicos do PSDB. Isso dá a verdadeira dimensão da política da oposição: lutar contra o governo. Não querem fiscalizar, não estão interessados nisso. Querem tumultuar o governo. Agora, com alguma vergonha na cara apresentam-se como "responsáveis".
Basta de manipulações!
Basta de manipulações!
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Um vira-lata numa tarde triste
Naquela tarde, eu estava triste e andava sem rumo pela praça. Tudo parecia triste para mim. As vitrines estavam sem brilho e nenhum dos apelos da publicidade me afetavam. Havia na praça alguns bancos. Sentei-me em um deles e fiquei olhando o tumulto do fim da tarde. Algumas pessoas iam apressadas, outras andavam devagar, outras ainda pareciam tão tristes quanto eu e estavam também sentadas nos bancos. Todos estavam prestando atenção em si mesmos. Um casal passou por mim, em silêncio. Um homem falava baixinho, consigo mesmo.
Algumas luzes começavam a ser acesas. Era o início da noite. Todos iam para algum lugar. Só eu estava ali, sem rumo e sem vontade de voltar.
Então, um desses cães vadios, da rua, veio se aproximando do banco em que eu estava. Não estava apressado. Andava apenas. Logo que me viu, parece que tomou a decisão de vir ao meu encontro. Ele mudou de direção. Não abanou o rabo e nem se mostrou feliz em se aproximar de mim. Veio se aproximando devagar, como que pedindo licença. Quando estava bem perto, olhou-me sem censura e sem compaixão. Olhou ao redor, voltou a olhar para mim e em seguida deitou-se perto dos meus pés. Pousou a cabeça entre as patas dianteiras e ficou ali, olhando para mim. Eu pensei: Não tenho nada para lhe dar. Ele permanecia, ali, olhando para mim. Mudei a posição dos pés. Ele levantou a cabeça e se preparou para sair dali. Porém, como só mudei a posição dos pés, ele se ajeitou melhor e continuou deitado me olhando. De vez em quando, ele levantava a cabeça e olhava alguma coisa ao longe. Sempre que fazia isso, levantava as orelhas, procurando escutar melhor. Depois me olhava e se deitava.
Fiquei reparando aquela figura na minha frente. Tratava-se de um vira-latas, com certeza, embora não entenda nada de cães. Não era de todo magro, embora seu porte indicasse uma vida difícil. Não era um belo exemplar da espécie, mas não era feio. Tinha o pêlo sujo mas não despertava nojo. Olhando aquele cão, fiquei imaginado as dificuldades que ele deveria encontrar para sobreviver. Era da rua e, portanto, não tinha dono. Era um cão livre, mas isso tinha um preço. Não tinha almoço ou jantar certos, nem banhos, nem escovação de pêlos, vacinas, ou seja, tudo que parece fazer um cãozinho com dono feliz.
Ele parecia entender o que eu estava pensando. De repente, ele se levantou, espreguiçou-se, abriu a boca, chegou mais perto de mim e cheirou meu sapato, depois a bainha de minha calça. Resolveu deitar-se bem perto de mim.
Notei que agora fechara os olhos e parecia dormir. Fiquei ali velando seu sono e me sentindo responsável por sua tranqüilidade. Voltei a olhar para a praça e agora tudo parecia mais calmo. Poucas pessoas andavam por ali. As luzes estavam mais brilhantes. Era noite completa.
Os ruídos, à noite, são diferentes dos ruídos do dia. A noite amplifica qualquer barulho. E foi assim que fiquei vigiando os ruídos da praça, para que nada incomodasse o sono daquele cão que eu não conhecia e que dormia aos meus pés. Ele parecia dormir placidamente. Fiquei imaginado que sonhos ele teria... Um homem se aproximou de mim e me perguntou as horas. Respondi e ele me perguntou se aquele cãozinho era meu. Disse que não. O homem olhou para o cão e depois para mim. Ia dizer mais alguma coisa, mas desistiu e foi embora.
Voltei a olhar para aquele cãozinho deitado aos meus pés. Ele viera, não sei de onde, me fazer companhia. Ele me acolheu e me aceitou, com minha tristeza. Não disse nada, nada pediu. Apenas me aceitou. Fiquei um longo tempo olhando para ele.
Mais tarde, ele se levantou. Olhou-me também longamente. Depois se foi, devagar, mas sem olhar para trás. Fiquei novamente sozinho e triste.
Nunca mais voltei a ver esse cão, embora tenha voltado muitas vezes à praça. Naquela noite, pensei em levá-lo comigo, dar-lhe abrigo e comida. Porém, sua determinação, na hora de partir, deixou-me desconcertado. Ele nada queria de mim. Ele não veio a mim para negociar afeto ou carinho ou comida. Ele apenas me fez companhia, numa hora triste.
Sentado naquele banco, posso sentir sua respiração e ver aquele olhar terno, que nada pede. Apenas olha.
A praça agora não é mais triste, pois nela há um banco onde um certo cãozinho me ensinou que a amizade não é comércio de coisas ou de afeto. A amizade é apenas um encontro, sem nada pedir, é apenas um certo jeito de olhar.
Geraldo Carozzi - jornalista
Naquela tarde, eu estava triste e andava sem rumo pela praça. Tudo parecia triste para mim. As vitrines estavam sem brilho e nenhum dos apelos da publicidade me afetavam. Havia na praça alguns bancos. Sentei-me em um deles e fiquei olhando o tumulto do fim da tarde. Algumas pessoas iam apressadas, outras andavam devagar, outras ainda pareciam tão tristes quanto eu e estavam também sentadas nos bancos. Todos estavam prestando atenção em si mesmos. Um casal passou por mim, em silêncio. Um homem falava baixinho, consigo mesmo.
Algumas luzes começavam a ser acesas. Era o início da noite. Todos iam para algum lugar. Só eu estava ali, sem rumo e sem vontade de voltar.
Então, um desses cães vadios, da rua, veio se aproximando do banco em que eu estava. Não estava apressado. Andava apenas. Logo que me viu, parece que tomou a decisão de vir ao meu encontro. Ele mudou de direção. Não abanou o rabo e nem se mostrou feliz em se aproximar de mim. Veio se aproximando devagar, como que pedindo licença. Quando estava bem perto, olhou-me sem censura e sem compaixão. Olhou ao redor, voltou a olhar para mim e em seguida deitou-se perto dos meus pés. Pousou a cabeça entre as patas dianteiras e ficou ali, olhando para mim. Eu pensei: Não tenho nada para lhe dar. Ele permanecia, ali, olhando para mim. Mudei a posição dos pés. Ele levantou a cabeça e se preparou para sair dali. Porém, como só mudei a posição dos pés, ele se ajeitou melhor e continuou deitado me olhando. De vez em quando, ele levantava a cabeça e olhava alguma coisa ao longe. Sempre que fazia isso, levantava as orelhas, procurando escutar melhor. Depois me olhava e se deitava.
Fiquei reparando aquela figura na minha frente. Tratava-se de um vira-latas, com certeza, embora não entenda nada de cães. Não era de todo magro, embora seu porte indicasse uma vida difícil. Não era um belo exemplar da espécie, mas não era feio. Tinha o pêlo sujo mas não despertava nojo. Olhando aquele cão, fiquei imaginado as dificuldades que ele deveria encontrar para sobreviver. Era da rua e, portanto, não tinha dono. Era um cão livre, mas isso tinha um preço. Não tinha almoço ou jantar certos, nem banhos, nem escovação de pêlos, vacinas, ou seja, tudo que parece fazer um cãozinho com dono feliz.
Ele parecia entender o que eu estava pensando. De repente, ele se levantou, espreguiçou-se, abriu a boca, chegou mais perto de mim e cheirou meu sapato, depois a bainha de minha calça. Resolveu deitar-se bem perto de mim.
Notei que agora fechara os olhos e parecia dormir. Fiquei ali velando seu sono e me sentindo responsável por sua tranqüilidade. Voltei a olhar para a praça e agora tudo parecia mais calmo. Poucas pessoas andavam por ali. As luzes estavam mais brilhantes. Era noite completa.
Os ruídos, à noite, são diferentes dos ruídos do dia. A noite amplifica qualquer barulho. E foi assim que fiquei vigiando os ruídos da praça, para que nada incomodasse o sono daquele cão que eu não conhecia e que dormia aos meus pés. Ele parecia dormir placidamente. Fiquei imaginado que sonhos ele teria... Um homem se aproximou de mim e me perguntou as horas. Respondi e ele me perguntou se aquele cãozinho era meu. Disse que não. O homem olhou para o cão e depois para mim. Ia dizer mais alguma coisa, mas desistiu e foi embora.
Voltei a olhar para aquele cãozinho deitado aos meus pés. Ele viera, não sei de onde, me fazer companhia. Ele me acolheu e me aceitou, com minha tristeza. Não disse nada, nada pediu. Apenas me aceitou. Fiquei um longo tempo olhando para ele.
Mais tarde, ele se levantou. Olhou-me também longamente. Depois se foi, devagar, mas sem olhar para trás. Fiquei novamente sozinho e triste.
Nunca mais voltei a ver esse cão, embora tenha voltado muitas vezes à praça. Naquela noite, pensei em levá-lo comigo, dar-lhe abrigo e comida. Porém, sua determinação, na hora de partir, deixou-me desconcertado. Ele nada queria de mim. Ele não veio a mim para negociar afeto ou carinho ou comida. Ele apenas me fez companhia, numa hora triste.
Sentado naquele banco, posso sentir sua respiração e ver aquele olhar terno, que nada pede. Apenas olha.
A praça agora não é mais triste, pois nela há um banco onde um certo cãozinho me ensinou que a amizade não é comércio de coisas ou de afeto. A amizade é apenas um encontro, sem nada pedir, é apenas um certo jeito de olhar.
Geraldo Carozzi - jornalista
Você já parou para pensar: para que serve o Senado Federal? Ali estão os representantes dos estados do país. Para que serve isso? Na verdade, o pessoal que está lá, quando muito, representa a si mesmo. O que o Senado fez, nos últimos anos, de bom para o país? O que ele fez de importante, algo que tenha feito diferença política no país?
Ora, a única coisa que aquela gente sabe fazer é ficar atrás de servir aos próprios interesses. Chega! Basta!
A reforma política defende a extinção do Senado. Já vai tarde!
Ora, a única coisa que aquela gente sabe fazer é ficar atrás de servir aos próprios interesses. Chega! Basta!
A reforma política defende a extinção do Senado. Já vai tarde!
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