E quando não há dúvidas? Isso quer dizer que nada foi fundamentado. A dúvida revela a profundidade da indagação. Mas o que é isso? Isso é um céu sem estrelas, numa noite escura. O deserto é como uma criança nova. É uma surpresa constante. A cada passo, uma nova tonalidade. Mas o deserto é também solidão. A mesma solidão da criança. Esta nasce sozinha. Sozinha enfrenta as aflições do sem sentido das coisas. Depois vem a adolescência e a juventude e, por fim, a velhice. E o céu continua cheio de estrelas, encobertas por nuvens negras e furiosas.
No deserto, porém, o céu é cheio de estrelas. Pode-se quase pegá-las... de tão claras e transparentes. São os oásis da vida.
Mas ao sul do trópico, o céu permanece escuro. Nem a lua consegue iluminá-lo. E eu fico aqui. Na minha janela, olhando a escuridão.
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