A Pastoral da Terra está denunciando que um certo juiz, em Marabá, no Pará, estaria protegendo um grupo de suspeitos da morte de um casal de ativistas políticos, que ocorreu recentemente. Há também o caso de uma juíza no Mato Grosso do Sul que suspendeu uma operação da fiscalização do Ministério do Trabalho e da polícia federal de libertação de um grupo de pessoas que estavam sendo mantidos como escravos em uma propriedade.
Casos como esses denigrem a imagem do país como nação civilizada e mancham a honra do Estado. Será que não existe no Brasil instância judiciária superior que poderia sustar crimes como esses? Ou será que decisão de um juiz é algo sagrado, que ninguém pode modificar?
Ora, um juiz deve ser considerado inocente, como qualquer outro cidadão até prova em contrário. Mas, diante de certos abusos, a Justiça deveria intervir, pois não é preciso ser jurista para sentir o cheiro da corrupção em certos casos.
No Rio, o caso da morte do menino Juan põe a nu o quanto a polícia protege verdadeiros bandidos em sua composição. Uma pessoa com uma ficha como a de um dos envolvidos no caso citado não é um faltoso primário. Não é possível que ninguém soubesse desse comportamento impróprio desse indivíduo.
O problema é que quando se tolera uma impunidade mesmo que pouco significativa, aos poucos ele se torna algo por demais violento e incontrolável.
Será que ainda há lugar para honra nesse país?