Inaceitável mesmo, no caso Battisti, é a declaração do ministro italiano de que ao presidente Lula teria faltado coragem na decisão. Somente um legítimo representante do pensamento de direita, como é o caso do ministro italiano - aliás, de todo o governo italiano atual - faria uma tal ilação, pois esse tipo de gente sempre acha que suas opiniões e vontade devem ser sempre respeitadas. Qualquer ação, ato ou movimento, no sentido contrário de sua vontade, é considerado um ato ofensivo. Na minha opinião, Lula está de parabéns, pois está se arriscando para cumprir com um princípio, o qual ele poderia muito bem dispensar e não se molestar com isso. O presidente Lula sabe muito bem que ele vai atrair a ira da direita brasileira - esta sim muito bem camuflada na mídia, no Congresso e no Poder Judiciário - com sua decisão de beneficiar um perseguido político.
Que o governo italiano de direita esperneie à vontade. O Brasil, até agora, foi soberano. Caso derrubem a decisão generosa de Lula - a direita sempre consegue grandes vitórias por aqui - nós ficaremos indignados, mais um vez, sabendo que esta não é a primeira e nem será a última vez que a direita vence por aqui.
Por enquanto, parabéns presidente Lula! Parabéns, Brasil! Fora todo tipo de fascismo e de desrespeito aos direitos da pessoa humana.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Democracia Imperial e monopólio da Informação
Simon Bolívar dizia que fazer certas coisas na América do Sul era o mesmo que arar no mar. Desde a queda das duas Torres nos EUA e a conseqüente guerra contra o terrorismo, o governo norte-americano vem acumulando toda uma série de atos ditatoriais, que ferem frontalmente os princípios democráticos que fundaram a nação americana. Falar de democracia, de direitos civis, de direitos humanos, nos EUA nesse nosso tempo presente é o mesmo que arar no mar, isto é, é risco n´água. O caso da perseguição de Julian Assange é mais um episódio dessas ações sem cabimento dos EUA. Para a imperial nação do norte, eles são donos da privacidade de todos pois todos são suspeitos de armarem algum mal para os EUA.
Na verdade, estamos assistindo aos, talvez, primeiros estertores, desde o fim da Guerra Fria, do gigante do Norte, que está prestes a perder o monopólio do controle da informação no mundo. Enquanto eram empresas norte-americanas que detinham o monopólio da informação, os EUA declaravam sem cessar que todos tinham o direito à informação e o direito de disseminá-las. Entretanto, de repente, empresas outras que não as norte-americanas estão usado essa prerrogativa, que antes era monopólio do Império. Vendo seu poder escoar por entre suas garras, a grande nação do Norte começou a uivar e a espalhar ao redor do mundo tortura, prisões sem mandado ou acusação, ou seja, começaram a espalhar o terror, coisa em que são mestres.
O que causa espanto é a morna ou fria reação de todos aos ataques dos EUA contra a empresa que está causando tanto furor nos EUA, o site Wikileaks e o seu diretor Julian Assange. A prisão de Assange equivale às prisões de bruxas na Idade Média; equivale a uma tentativa bárbara de censurar informações que são de direito de todos. Não se pode falar de liberdade sem informação livre, clara e à disposição de todos. Não há nada que possa justificar o fim da liberdade de expressão. Se há razões para acabar com a liberdade, então, a vida não vale mais a pena.
Na verdade, estamos assistindo aos, talvez, primeiros estertores, desde o fim da Guerra Fria, do gigante do Norte, que está prestes a perder o monopólio do controle da informação no mundo. Enquanto eram empresas norte-americanas que detinham o monopólio da informação, os EUA declaravam sem cessar que todos tinham o direito à informação e o direito de disseminá-las. Entretanto, de repente, empresas outras que não as norte-americanas estão usado essa prerrogativa, que antes era monopólio do Império. Vendo seu poder escoar por entre suas garras, a grande nação do Norte começou a uivar e a espalhar ao redor do mundo tortura, prisões sem mandado ou acusação, ou seja, começaram a espalhar o terror, coisa em que são mestres.
O que causa espanto é a morna ou fria reação de todos aos ataques dos EUA contra a empresa que está causando tanto furor nos EUA, o site Wikileaks e o seu diretor Julian Assange. A prisão de Assange equivale às prisões de bruxas na Idade Média; equivale a uma tentativa bárbara de censurar informações que são de direito de todos. Não se pode falar de liberdade sem informação livre, clara e à disposição de todos. Não há nada que possa justificar o fim da liberdade de expressão. Se há razões para acabar com a liberdade, então, a vida não vale mais a pena.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Protesto contra a perseguição de Assange!
Conclamo a todas as pessoas que têm apreço pela democracia e por valores como a liberdade de expressão e de informação a protestarem contra a perseguição a que está sendo objeto o cidadão Julian Assange. Talvez seja o caso de iniciarmos um abaixo-assinado contra a sua prisão. Acho que devemos protestar contra essa barbárie.
Liberdade de expressão e informação
Será que nós queremos mesmo que haja democracia no mundo? Quando ocorrem coisas como as que estão ocorrendo com Julian Assange, e as reações são pífias ou mesmo inexistentes, temos o direito de colocar em dúvida o respeito geral que temos pela democracia. Pelo menos, parece bastante razoável defender que sem liberdade a democracia torna-se um simulacro de intenções sem nenhum sentido. E liberdade não pode ser tratada como algo apenas conveniente em certos casos e hora. Ou se tem liberdade ou reina a escuridão. Na medida mesmo que se negocia com a conveniência dos grandes a conservarem segredos interessantes para eles, nesta mesma medida mata-se a democracia, a liberdade, a dignidade do existir humano. A vida não é apenas viver biologicamente; a vida é viver bem. Viver apenas biologicamente é ou pode ser compatível com a sombra dos segredos dos grandes. Viver bem, não. Viver bem significa viver em liberdade e a liberdade exige transparência, exige participação na informação. Solidarizo-me com o cidadão Assange e protesto com veemência contra a perseguição de que ele é objeto.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Campanha Assange!
Creio que seria muito oportuno se nós iniciássemos uma campanha mundial de protesto contra a perseguição a que o cidadão Julian Assange está sendo submetido, cujo motivo, parece claro, são suas atividades no site Wikileaks. Pelo menos que a situação não seja encaminhada de forma a inviabilizar a continuidade das atividades tanto de Assange como do site.
Creio que todos nós temos o direito de saber o que ocorre ao nosso redor. Se há alguma razão para que alguma coisa, alguma ação, por parte do Estado, seja escondida do povo em geral, isso não pode ser ad eternum. Se é necessário esconder, que isso seja por um tempo muito curto, pois do contrário, a mão cruel do Estado fica livre para impetrar suas ações criminosas. Essa barbárie precisa ser contundentemente combatida. Os EUA querem sigilo para que eles possam continuar suas ações criminosas. Isso é inadmissível, a menos que queiramos abater de vez o verniz de civilização que ainda persiste nesse nosso tempo tão ermo de humanidade.
Creio que todos nós temos o direito de saber o que ocorre ao nosso redor. Se há alguma razão para que alguma coisa, alguma ação, por parte do Estado, seja escondida do povo em geral, isso não pode ser ad eternum. Se é necessário esconder, que isso seja por um tempo muito curto, pois do contrário, a mão cruel do Estado fica livre para impetrar suas ações criminosas. Essa barbárie precisa ser contundentemente combatida. Os EUA querem sigilo para que eles possam continuar suas ações criminosas. Isso é inadmissível, a menos que queiramos abater de vez o verniz de civilização que ainda persiste nesse nosso tempo tão ermo de humanidade.
As vísceras do Império
O site Wikileaks tem apresentado aos olhos quase sempre incrédulos da vida média do planeta toda uma série de crimes e de intromissões descabidas dos Estados Unidos na vida dos Estados existentes no mundo. Os documentos que estão sendo exibidos mostram, sem sombra de dúvida, a essência do modus operandis do Grande Império. Eles não hesitam diante do assassinato, da tortura, da crueldade, da deslealdade para atingir os seus intentos. Digam o que quiserem, mas as ações dos grupos de inteligência e de diplomacia dos EUA são criminosas e deveriam ser repudiados por toda pessoa, grupo ou Estado, que se desse ao respeito de si mesmo. Com o ilícito, com o crime, não é possível negociar. Sabe-se, sobejamente, que é difícil resistir ao poder hegemônico dos EUA; sabe-se que o Império tem poder de fato. No entanto, jamais seria lícito dar a eles legitimidade em suas ações. São criminosos irresistíveis? São, mas isso não dá a ninguém o direito de concordar com os crimes e desvarios dessa gente.
Outro aspecto abjeto que os documentos do Wikileaks estão revelando é a sempre pusilânime colaboração de agentes dos países objeto das ações criminosas dos EUA. A pressa em desmentir certos fatos são a prova de que eles contêm mais que simples enganos ou equívocos de interpretação.
Como se não bastassem suas ações criminosas contra todos - inclusive inocentes - os EUA querem agora punir o indivíduo que criou o site para a divulgação da sujeira dos agentes do Império. E querem fazer isso sempre escondidos na sombra, como fazem sempre. Eles matam, assassinam, torturam em nome da liberdade, da democracia e outras pedras de açúcar que oferecem ao mundo. São eles pois covardes, pois nunca atacam às claras. Preferem as ações a partir das sombras. Assim, no afã de desmoralizar o criador do Wikileaks, trataram de convocar seus aliados de plantão para acusar Julian Assange de crime sexual (vejam que se trata de um crime abjeto, que causa repulsa) e assim tirar essa pessoa de circulação, ou então conseguir meios de o pressionar a negociar de alguma maneira, isto é, estancar a publicação dos documentos secretos que denunciam as ações criminosas dos EUA através do mundo.
Creio que deveríamos iniciar uma campanha mundial de protesto contra a perseguição de Assnge e lutar para que tais documentos continuem a ser publicados, pois eles revelam as vísceras podres do Império e suas estensões através da ação de seus colaboradores.
Outro aspecto abjeto que os documentos do Wikileaks estão revelando é a sempre pusilânime colaboração de agentes dos países objeto das ações criminosas dos EUA. A pressa em desmentir certos fatos são a prova de que eles contêm mais que simples enganos ou equívocos de interpretação.
Como se não bastassem suas ações criminosas contra todos - inclusive inocentes - os EUA querem agora punir o indivíduo que criou o site para a divulgação da sujeira dos agentes do Império. E querem fazer isso sempre escondidos na sombra, como fazem sempre. Eles matam, assassinam, torturam em nome da liberdade, da democracia e outras pedras de açúcar que oferecem ao mundo. São eles pois covardes, pois nunca atacam às claras. Preferem as ações a partir das sombras. Assim, no afã de desmoralizar o criador do Wikileaks, trataram de convocar seus aliados de plantão para acusar Julian Assange de crime sexual (vejam que se trata de um crime abjeto, que causa repulsa) e assim tirar essa pessoa de circulação, ou então conseguir meios de o pressionar a negociar de alguma maneira, isto é, estancar a publicação dos documentos secretos que denunciam as ações criminosas dos EUA através do mundo.
Creio que deveríamos iniciar uma campanha mundial de protesto contra a perseguição de Assnge e lutar para que tais documentos continuem a ser publicados, pois eles revelam as vísceras podres do Império e suas estensões através da ação de seus colaboradores.
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